O artilheiro do Fluminense no atual Campeonato Brasileiro não é um atacante, mas reflete muito bem a figura do ‘jogador moderno’, objeto de desejo de treinadores no principal torneio de futebol do Brasil.

Em 16 jogos, o volante Cícero anotou cinco gols – dois deles na última rodada. É, também, um dos mais participativos e decisivos neste Brasileirão para o Tricolor das Laranjeiras. O bom desempenho, aliado ao fato de jogar em um clube que sonha com as posições mais altas da tabela, faz com que o capixaba de Castelo ainda sonhe, aos 31 anos, com uma chance na Seleção Brasileira.

“É um dos objetivos. Eu tive oportunidade uma vez, no Superclássico contra a Argentina, de ser convocado. Na época era o Mano Menezes, o treinador”, relembrou Cícero, em conversa com a Goal Brasil e outros veículos  no evento promocional da chuteira Magista, da Nike.

O meio-campista lembrou também que, naquela única oportunidade com o Brasil, não chegou a entrar em campo. Com a calma de quem prefere ver as coisas acontecerem naturalmente, o camisa 7 do Flu acredita que a sua posição tática também pode lhe ajudar a conseguir um espaço.

“Eu gosto muito de jogar vindo de trás do campo, como volante. Até por causa desse objetivo. Ser o elemento surpresa”, destacou. “Eu estou me firmando muito nessa posição de volante. Os gols têm saído. Não que seja uma obrigação minha fazer gol”.

“Você está um pouco mais recuado do gol, você não tem aquela facilidade de estar sempre na área também. Mas se o time está jogando bem, eu fico feliz. O gol vem naturalmente”, avaliou. Essa questão da Seleção Brasileira é uma coisa que eu tenho em mente, e acho eu dentro dessas minhas características pode ter uma possibilidade”.

E na trilha para ser lembrado para jogar na Seleção do técnico Tite, se o caminho for escrito com títulos ajuda bem mais. Entre idas e vindas, Cícero está em sua sexta temporada com o Fluminense e conquistou dois títulos: a Copa do Brasil (2007) e a Primeira Liga (2016). E sonha em levantar mais uma vez o principal torneio de mata-mata do Brasil, além de acreditar nas chances de sua equipe no Brasileirão.

“Se a gente não acreditar, que vai acreditar na gente? Com certeza a gente tem essas condições. Para isso, a gente precisa alcanças umas duas, três vitórias para chegar ao pelotão de cima”, pontuou, a respeito do Campeonato Brasileiro. “A gente sabe que precisa dessa regularidade para, aí sim, pensar nessas coisas. Eu não posso chegar aqui e cravar que a gente vai ter alguma coisa aqui, se a gente precisa dar uma resposta dentro de campo. Mas o time está em um processo de reformulação, a gente já tem conseguido bons resultados. Então, acho que é a gente encaixar uma sequência de bons resultados e a gente vai pensar muito forte lá na parte de cima da tabela”.

Na Copa do Brasil, o sorteio de oitavas de final colocou um confronto frente ao Corinthians. E o camisa 7 do Flu está bem animado para o desafio: “A fase de mata-mata, agora, é uma fase gostosa. É casa cheia, é jogo bom... é o famoso filet mignon para você poder jogar”, destacou.

“Se você quer ser campeão, tem que pegar do grande ao mediado da mesma maneira. Acho que é um jogo bom (contra o Corinthians). Se a gente quer ser campeão, acho que é um jogo para a gente mostrar isso já nas oitavas de final, para a gente conseguir o nosso objetivo”, finalizou.